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Ilustrações para o livro de Elaine Cavalcante


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Condições de criatividade

Receptividade
              Se for verdade que as ideias criadoras não podem ser forçadas, também é certo que elas não surgem se não lhes somos receptivos.
              Muitas ideias perdem-se simplesmente porque a pessoa se acha tão ocupada que nem consegue nota-la ou percebe-lhe a significação. A imaginação não é confinada por programas, mas atira suas ideias ao consciente, a todo instante do dia ou da noite. Certo é que quando não nos damos conta de uma ideia, pode ela retornar muitas vezes sob forma um tanto diferente. Mas isto não acontece sempre, nem somos sempre capazes de recapturar a intuição em sua forma original. Devemos, por isso, atender as nossas ideias com Maximo cuidado, especialmente na fase de incubação, quando é provável que estejamos pensando em outra coisa. Muitas pessoas costumam registrar em caderno os pensamentos casuais. Geraram Manley Hopkins e Alfred Lor Tennyson, entre outros, escreviam diários em que anotavam intuições e observações que talvez servissem de sementes a futuros poemas.
              IMENSÃO
              Como já tratamos disto, lembramos apenas que a imersão da pessoa em seu assunto acarreta muitas vantagens. Nutre de ideias a imaginação; robustece a mão do criador, oferecendo-lhe uma gama de abordagens em relação ao problema; canaliza-lhe as energias, não necessariamente para os velhos caminhos, mas antes para novos e próprios, descerrando-lhe anteriores aproximações; compele-o a pensar mais profundamente e de modo mais global do que faria em outras circunstancia, a respeito de sua obra; e revela, nesta última, dificuldades que ele não teria notado sozinho.
              DEDICAÇÃO E DESPRENDIMENTO
              A imersão implica dedicação. O criador precisa estar apaixonadamente empenhado em seu trabalho, para reunir a energia necessária á longa e prolongada concentração do pensamento criador. Ao focaliza exageradamente sua tarefa, pode estreitar o próprio pensamento e prejudicar a criatividade. Por isso ele há de encontrar-se de tal modo desprendido que consiga ver a obra como um todo, permitido que esta, por assim dizer, lhe fale por si mesma. Embora ele deva verificar suas intuições objetivamente, tem de dar-lhes primeiro uma justa oportunidade de manifestação. Como a imaginação pode vir muitas vezes e não apenas uma, durante o processo de revisão, o criador, alem de concentra-se em rever previas intuições, há de dar à iluminação a possibilidade de retornar sem obstáculos, quando tal acontece. Resumindo, o criador combinará desprendimento como dedicação e saber quando cada um delas se torna adequada.
              IMAGINAÇAO E JULGAMENTO
              Na criação deve também existir paixão (imaginação) e decoro (julgamento). Por si só, a imaginação produzir idéias porem não as comunica; o julgamento, por si só, comunica idéias, mas não as gera. Não concorrera a criação, que é ao mesmo tempo produção e comunicação, sem que cooperem imaginação e julgamento.
              INTERROGAÇÃO
              Consiste a criatividade, segundo já dissemos, grandemente em rearranjar o que sabemos, a fim de achar o que não sabemos. Em geral discutimos a ocorrência rara, não os fatos que nos são familiares. Segue-se que, para pensar criativamente, havemos de olhar de maneira nova o que normalmente consideramos assentando. Um dos obstáculos à investigação psicológica e, nas palavras de W.H. Koestler, a “extrema familiaridade das experiências psicológicas... as pessoas não tendem a fazer indagações a respeito de fatos que lhes sejam profundamente conhecidos; indagam sobre eventos inusitados”
              No pensamento criador e, pois, tão importante fazer perguntas como as responde. De fato, quando exprimimos como indagação o objeto de nossa pesquisas criadora, mais fácil se torna encontrá-lo. Ao mesmo tempo, salvo se preparados para formular novamente nossas perguntas, não é provável que pensemos além da primeira questão levantada. A. F. Osborn, por exemplo, declara que a criatividade é ativada por “estocadas” como: “E se ?... E daí...? Que mais...? Mais uma vez, que mais...?”. A imaginação é assim “bombardeada”              por perguntas, algumas das quais pelo menos darão resultados frutíferos.
USO DE ERROS
              Uma das características do pensamento criador são a amplitude e fertilidade de suas abordagens. Uma de suas marcas é não aceitar o erro como final, mas como razão para mudar ou, uma vez que o erro tantas vezes é verdade parcial, para modificar a abordagem. O que perece erro pode na realidade ser uma intuição distorcida durante a translação para o meio criador, ou quiçá uma intuição que, pelo menos, caminha na direção correta. A pessoa criativa deve então tratar seus erros com respeito, para ver aonde eles conduzem.
              Também os acidentes não raro indicam o caminho de uma resolução criativa. Por exemplo, um deslize do pincel talvez constitua ponto de partida para uma pintura totalmente diversa. Frequentemente o poeta se engana na leitura de seu próprio manuscrito, tomando uma palavra por outra. Mais tarde percebera, talvez, a palavra que leu era aquela que sua imaginação necessitava. O tradicional caos do rascunho do poeta pode na verdade surtir o efeito de libertar-lhe a mente das associações convencionais e permitir que as palavras estabeleçam suas próprias conexões. Erros e acidentes servem, pois, muitas vezes, passam a indicadores da verdade, por serem tentativas do inconsciente para exprimir-se.
              Em certo momento do processo criador, o produto criativo – seja pintura, poema ou teoria cientifica – ganha vida própria e transmite suas próprias necessidades ao criador. Permanecem afastada dele e convoca material de seus subconsciente. O criador, então, precisa saber quando cessar de dirigir sua obra e permitir que ela o dirija. Deve saber, em suma, quando é provável que sua obra seja mais sábia do que ele.
              Nesta seção dei a impressão, sem duvida, de descrever os processos de criação como se eles fossem independentes das qualidades do criador.Não o são, é claro. Voltemo-nos, portanto, ato para a pessoa e consideramos as peculiaridades com que a criação joga.
              EXTRAIDO do livro ARTE E CIENCIA DA CRIATIVIDADE, de George F. Kneller, Brasa, SP, 1978

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O ato da criação

Primeira apreensão
O criador tem que ter o seu primeiro “insight” – a apreensão de uma ideia a ser realizada ou de um problema a ser resolvido.
Preparação
              ...deve ser apenas um meio para atingir, como fim, o lançamento da obra de criação própria.
              ...deve dominar os meios de exprimi-la.
Incubação
              O período de preparação consciente é seguido por um tempo de atividade não consciente na qual as ideias do criador “são enterradas”.
              Então o inconsciente sem limites, desimpedido, pelo intelecto literal, faz as inesperadas conexões que constituem a essência da criação.
Iluminação
              Além de imprevisível, a inspiração é também auto certificável, pois a pessoa criadora se acha convencida da correção da sua intuição antes de verificá-la logicamente.
              Os que escrevem, pensam ou criam, sempre têm seus próprios métodos de estimular seus poderes criativos.
Verificação
              O criador precisa distinguir nesse material, o que é válido e o que não é, pois a iluminação é notoriamente falível. Diz HENRY EYRING que a “criatividade raramente é uma única faísca de intuição, em geral requer acurada análise que separe os fatores significativos dos adventícios”.

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Tamés y Batta

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O tempo e o cérebro

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo... Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a rotina.

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Apartamento de arquiteto chinês- Genial!

Olha o apartamento desse Chinês... Seu apartamento tem 24 cômodos em 1 único convencional!!!! O arquiteto chinês Gary Chang tem bons motivos para pensar em soluções que utilizem pouco espaço com eficiência, pois ele mora em Hong Kong, um dos maiores centros urbanos do país mais populoso do mundo. Por ali, a ordem é aproveitar cada espaço mínimo de área. Por isso mesmo, as casas costumam ser normalmente minúsculas. Enquanto morava com a família, Gary vivia em um apartamento de dois cômodos: os pais ficavam em um quarto, as irmãs em outro e ele, no corredor, que também fazia as vezes de sala. Hoje, ele vive em um apartamento com 24 cômodos! Revolta?? Ostentação?? Não!! O lar de Gary Chang tem pouco mais de 30m². Sua grande sacada foi fazer paredes móveis, que possuem rodinhas e se deslocam por trilhos instalados no teto. “A casa se move para mim”, diz Chang. Além de ocupar pouco espaço, a ideia também contribui com o meio ambiente, graças aos espelhos instalados no teto que, não só disfarçam os trilhos e dão a impressão de que o ambiente é maior, como aproveitam melhor a luz natural que entra pela única janela. Um filtro alaranjado nas venezianas também intensifica o efeito da luz que vem de fora e torna o local mais aconchegante. “Quase nunca preciso acender as luzes”, conta. A genialidade de Gary Chang foi descoberta pelo programa World’s Greenest Homes, que, como o nome já diz, vai atrás dos inventores das casas mais verdes do mundo. Clique no "link" abaixo e veja como funciona o “Lar Doce Lar” do chinês: