O uso e abuso da arte
Texto de Joelma Santana e Elaine Cavalcante Gomes
Jacques Barzun, numa série de palestras que proferiu na National
Gallery
of Art em 1973 ( e publicadas pela Princeton University Press), teceu
observações sobre o uso e o abuso da arte. O texto abaixo foi elaborado
considerando que o que ele disse está mais atual do que nunca.
Na esperança de qe vocês se sintam instados a, ao final desta seção, julgar o valor da arte para a vida, agora, hoje, é que estamos perante esta audiência, onde muitos fazem ou experienciam arte, seja música, dança, teatro ou poesia, mas é através das letras que podemos tentar construir, ou melhor, definir o que significa realmente este formidável segmento que chamamos de “arte”.
Nosso apego particular a certos de arte nos torna vagos e casuais quando nos referimos a arte de um modo geral. Da mesma maneira que nos referimos à ciência ou tecnologia, ou governo ou religião,não especificamos o tipo de religião, governo ou direção da ciência ou tecnologia. Não atribuímos valorou prejuízos quando discutimos os predicamentos sociais ou morais do mundo de hoje. No entanto, arte é uma grande instituição, com alta consciência dela mesma, como interesse. É uma instituição e uma instituição sem teoria. Os artistas, os consumidores, os críticos, os homens simples estão contentes em defenderem-se, cada um no seu setor, como partido ou como pessoa.
A premissa de que “cada um dever ser do seu próprio tempo”deixa-nos a pergunta: “Qual a essência do nosso tempo?”Revolução, reação, abandono, escape, indiferença?
Embora os artistas e produtores ainda deploram a “falta de apoio para as artes”, houve e há uma tolerância para a receptividade da arte e, ao mesmo tempo, é um desafiador anti-exemplo na história da nossa civilização. A nossa arte refuta, de várias maneiras, andar no mesmo caminho da antiga.
Ela precisa formar as mentes e emoções do homem. Pode ampliar ou trivializar a imaginação. Se pode fazer tanto, afeta o tecido social, assim como as vidas individuais para o bem e para o mal. Para isso, precisa-se determinar o que a sua atmosfera gera.
A influencia da arte, devemos lembrar, tem sido ampliada nos últimos duzentos anos pela atenção que damos às palavras impressas e faladas. A instituição (arte) como um todo, não tem teoria, mas uma grande quantidade de crenças cercadas pela produção e atuação da arte.
Enquanto alguns dizer que grandes nações devem fazer grande arte, os artistas procedem de maneira que nos não temos importância, a não se que sejamos artistas.
A arte não pode se divorciar da sua significância moral e social.
O poeta russo YEVTUSHENKO escreveu:
“.... arte genuína não pode ser anti-povo. Entretanto, a arte genuína deve, no meu ponto de vista, ser anti-burocrática, anti-gangster, anti-violência.”
Aquém e Além da Obra
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